Conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos
Coordenador: Rafael Loyola (UFG)
O grupo de trabalho em Conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos do INCT em Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade (EECBio) está focado em: (1) gerar sínteses sobre o estado atual de conservação e determinantes de perda da biodiversidade no Brasil; (2) desenvolver novas abordagens metodológicas e estratégias espaciais baseadas no planejamento sistemático para a conservação; (3) avaliar, estimar e prever o impacto positivo de ações de conservação em diferentes escalas geográficas; (4) modelar serviços ecossistêmicos e integrá-los- em estratégias de conservação e adaptação às mudanças climáticas; e (5) oferecer suporte científico para a tomada de decisão ambiental e elaboração de políticas públicas para conservação da biodiversidade no Brasil.
PROJETOS E OFICINAS
1) O papel das propriedades privadas na conservação de serviços ecossistêmicos no Cerrado
Coordenador: Rafael Loyola
Equipe: Rafael Loyola (UFG), Fernando Resende (bolsista DTI-A), Raísa Romênia Vieira (Dout. EcoEvol, UFG), Rafaela Silva (bolsista DTI-B), Valério Pillar (UFRGS), Gerhard Overbeck (UFRGS), Carlos Eduardo Grelle (UFRJ), Ricardo Dobrovolski (UFBA), Mauro Galetti (UNESP), Paulo De Marco Jr (UFG), Milton Ribeiro (UNESP), Jean Paul Metzger (USP), Thomas Lewinsohn (UNICAMP), Luisa Carvalheiro (UFG), Mariana M. Vale (UFRJ), Maria Lucia Lorini (UNIRIO).
Resumo: Para permitir a conservação dos ecossistemas brasileiros, um grande esforço tem sido destinado à criação e implementação de áreas protegidas. No entanto, as áreas protegidas não são suficientes para garantir a conservação do patrimônio natural do Brasil, uma vez que grandes proporções de vegetação nativa, biodiversidade e serviços ecossistêmicos se encontram em propriedades privadas. Para regular o uso de solo e a gestão em propriedades privadas, o Código Florestal institui duas designações: as Áreas de Proteção Permanente (APPs) e as Reservas Legais (RLs). Apesar de APPs e RLs serem ferramentas de conservação importantes, ainda é desconhecido a relevância que elas têm em representar alvos de conservação, como por exemplo, serviços ecossistêmicos. Nesse projeto, temos como objetivo utilizar o bioma Cerrado como um estudo de caso para modelar diferentes serviços ecossistêmicos (i.e. produção de água, retenção de sedimento, retenção de nutriente, estoque de carbono e produtividade primária) e avaliar a eficiência das APPs e RLs em representar tais serviços ecossistêmicos.
2) Impacto da Academia nos instrumentos de conservação elaborados pelo governo federal
Coordenador: Paulo De Marco Jr.
Equipe: Rafael Loyola (UFG), Paulo De Marco Jr (UFG), Luis Mauricio Bini (UFG), José Alexandre Felizola Diniz Filho (UFG), Mercedes Bustamante (UnB)*, Fabiano Melo (UFV), Valério Pillar (UFRGS), Carlos Eduardo Grelle (UFRJ), Jean Paul Metzger (USP), Thomas Lewinsohn (UNICAMP), Levi Carina Terribile (UFJ), Nathália Mundim Torres (UFU), Mariana M. Vale (UFRJ), Maria Lucia Lorini (UNIRIO).
Resumo: Quando o governo toma uma decisão sobre a conservação da vegetação nativa, sobre espécies invasoras ou quando decide criar uma nova área protegida, ele ouve os cientistas? A Academia, composta por cientistas em diferentes instituições de ensino e pesquisa, fornece subsídios para a elaboração de políticas públicas no país? Esses subsídios são levados em conta pelo governo federal? A proposta desse workshop é exatamente mensurar o nível de influência dos cientistas nas tomadas de decisão e elaboração de políticas públicas para conservação e uso sustentável da biodiversidade. Focaremos principalmente na influência que a Academia tem sobre a criação de áreas protegidas e na elaboração e execução de planos de ação que são elaborados para evitar que espécies ameaçadas de extinção desapareçam de vez do Brasil.
3) Diretrizes para elaboração de planos de ação nacionais que façam a diferença na conservação de espécies
Coordenador: Rafael Loyola
Equipe: Rafael Loyola (UFG), Raísa Romênia Vieira (EcoEvol UFG), Carlos Eduardo Grelle (UFRJ), Ricardo Dobrovolski (UFBA), Luis Mauricio Bini (UFG), Nathália Machado (UFG), Paulo De Marco Jr (UFG), Marcus Cianciaruso (UFG), Gerhard Overbeck (UFRJ), Rosane Garcia Collevatti (UFG), Levi Carina Terribile (UFJ), Matheus Ribeiro (UFJ), Guilherme Oliveira (UFRB), Mariana M. Vale (UFRJ), Maria Lucia Lorini (UNIRIO), Robert Pressey (James Cook Univ., Australia)
Resumo: Planos de ação nacionais (PANs) são instrumentos de conservação de espécies elaborados pelo governo federal com o objetivo de evitar a extinção de espécies ameaçadas ou, pelo menos, reduzir a incidência das ameaças que atuam sobre elas. Entretanto, a maioria desses PANs funcionam como uma carta de intenções na qual, de fato, é impossível afirmar que, caso implementados, as espécies estarão livres da extinção ou menos ameaçadas. Embora pareça absurdo elaborar um plano sem ter como saber se ele é bom ou não, isso é exatamente o que acontece no Braisl e no mundo. Para que os PANs sejam eficientes e garantam o alcance de seus objetivos, é preciso garantir que as ações neles propostas tenham impacto direto sobre as espécies. Por exemplo, de nada adianta propor a criação de uma área protegida marinha em um local onde não há pesca, se é exatamente a pesca que ameaça a existência dos peixes que são pescados. Assim, nesse workshop pretendemos elaborar um guia para a elaboração de PANs que façam a diferença e reduzam a extinção de espécies.